Admirável país desenvolvido é uma praga com seus alimentos em ginásios e estádios. Caso de política pública e defesa do consumidor.

Quem diria?

Apontadas como verdadeiras maravilhas do capitalismo, as praças esportivas dos EUA passaram por inspeção e o resultado é alarmante, 30 dos 107 ginásios e estádios apresentaram fezes de ratos, moscas dentro de garrafas, além de alimentos mantidos e servidos ainda crú e o relatório divulgado pela ESPN não tratou de pratos típicos japoneses e chineses, essecialmente do cardápio de maior aceitação entre os americanos.

As inúmeras infrações foram registradas nas principais sedes das modalidades mais populares, como o futebol americano - NFL, beisebol - MLB, basquete - NBA e hóquei - NHL, não necessariamente nessa ordem.

Só para se ter uma idéia, 93% das prestadoras de serviços de alimentos da American Airlines Arena, isso mesmo, quase que unanimidade; ginásio esportivo do time que mais se reforçou para a próxima temporada da liga de basquete profissional, NBA, amedrontam pela péssima qualidade dos serviços prestados. A equipe da Flórida, Miami Heat, renovou com Dwyane Wade, contratou Chris Bosh e LeBron James e agora deve dar atenção especial as condições de higiene, conservação e limpeza de seus restaurantes e lanchonetes. Já no Verizon Center, sede do Washington Wizards, em pelo menos 10 estabalecimentos foram encontradas fezes de ratos, moscas, comida crua desrespeitando as normas de sua conservação, descaso com a limpeza, baratas vivas e insetos misturados a bebidas alcoólicas e alimentos quentes mantidos a temperaturas inferiores que a ideal, 57º Celsius; ou servidos crus.

O maior problema relacionado a esse caos segundo a política pública da vigilância sanitária norte americana, principalmente no que tange aos fast foods, alimentos rápidos, é que as reações pela ingestão dessas anomalias demandam de tempo para causar enfermidade aos consumidores, assim sendo, confundem com o que se comeu há bem pouco tempo.

O capitalismo que sopra lá faz eco aqui, tendo em vista que, os proprietários das lanchonetes e restaurantes se defendem acusando as autoridades responsáveis pelos relatórios como CAZUZAS, exagerados, extremistas. Para esses respeitáveis comerciantes, por exemplo, um hot dog pré cozido e mantido a uma temperatura abaixo da ideal não pode ser considerada uma violação grave e nem prejudicaria a saúde de quem os degusta.

Lembro que certa feita em Goiânia, um jornal vendeu toda sua edição por causa da manchete da primeira página, "Cachorro faz mal a moça". Na verdade, quase todo mundo que comprou o jornal, foi grampeado para evitar leitura sem aquisição, esperava algo inusitado, mas a matéria dava conta de uma consumidora que havia comido um cachorro quente no almoço, em um loja de rede nacional, o qual lhe fez muito mal e chegou baixar hospital.

Enorê Brião Bragança

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