Mundial de Moto Velocidade - Espanha faz barba, cabelo e bigode no G P da França


Pol Espargaró na categoria 125 cilindradas, Toni Elías ganhou na Moto2, antiga 250cc/s que está surpreendendo em competitividade, e Jorge Lourenço conquista sua primeira dupla vitória consecutiva.



Depois de conquistar sua inédita segunda vitória consecutiva na principal categoria no Mundial de moto de velocidade e abrir 09 pontos de vantagem para seu companheiro de equipe, o italiano Valentino Rossi, Jorge Lourenço demonstrou ser um excelente aluno. Logo após a bandeirada ele imitou a criatividade genial do campeoníssimo VR na comemoração, ao parar sua Yamaha próximo ao arco, apoiada por um componente da equipe, tirar capacete e descalçar as luvas, sentar-se calmamente degustando uma pipoca e vendo sua imagem ao telão de Le Mans, ação digna de Guines, pois transformou o Autódromo que sediou o Grande Prêmio da França na maior sala de exibição de todo mundo, comparação com a chamada 7ª arte, e a repercussão será ainda mais extravagante, pois foi em Páris no século XIX, em 28 de dezembro de 1895, que os irmão franceses Lumiére exibiram a primeira versão pública e paga de filmes de curta duração, no Café Páris. Na etapa passada ele mergulhou em um lago do Autódromo de Jerez, Espanha, afinal estava em casa e tem 23 anos de idade.

Até a metade da prova Valentino Rossi manteve-se na ponta, mas não teve ímpeto para desencorajar o espanhol JL que o ultrapassou na 12ª volta, na freada de uma curva a direita e com categoria, desta feita, sem troco. Embora com 31 anos e sem aparentar ou queixar-se da idade, mas nem a adrenalina da corrida anulou as dores no ombro ainda em recuperação, pois problemas inesperados impossibilitaram um ritmo mais forte e a reação. “Com rendimento regular pude retomar a ponta depois da 7ª volta, mas a moto perdia aderência na saída das curvas e apresentava problemas na aceleração. Já cumprimentei ao Jorge Lourenço, o esforço não foi em vão, estamos com uma diferença de 09 pontos, aumentou 04 e a próxima corrida é em Mugello, a minha corrida em casa” declarou Valentino Rossi. Por sua vez, Lourenço cruzou a linha de chegada com uma vantagem de 5s/s e 672 milésimos de segundos e respondeu que “realmente, para superar o Valentino tive que exercitar a paciência, o que seria algo sobrenatural no ano passado, por exemplo. Aqui em Le Mans obtive um segundo lugar e 02 vitórias, sinal de que gosto de correr aqui” declarou o segundo piloto da Yamaha, o líder da principal categoria do Mundial que pareceu animado com a próxima prova, “gosto muito de correr em Mugello, mas todos meus concorrentes também. A vantagem para Rossi, 70 a 61 pontos ainda não significa muito pelo desenrolar do Campeonato”, contestou Jorge Lourenço.

Capítulo a parte foi a disputa entre os pilotos da equipe oficial da Honda, Dani Pedrosa e Andrea Dovizioso, já nas últimas voltas e seguidos de perto pelo americano da Ducati, Nicky Hyden. Demonstrando que o 3º lugar na etapa inaugural da temporada, no Qatar, não foi obra do acaso, o italiano Dovizioso largou em 7º e foi galgando posições até ultrapassar o espanhol na última volta, com isso Dani Pedrosa se descontroulou, errou uma tomada de curva e foi ultrapassado por Hyden. Com o pódiu, Andrea é o 3ª colocado e tem uma vantagem de 02 pontos na classificação de geral sobre Dani Pedrosa.

Outro desempenho notável foi do italiano Marco Melandri que largou em 11º e chegou na 6ª com uma Honda.



Segunda vitória consecutiva e uma vantagem de 18 pontos para o 2º colocado, foi o que assegurou o desempenho de Tom Elías no ano de implantação da Moto GP 2, que substitui as antigas 250cc/s. O piloto espanhol liderou um pódio que foi completado por Julian Simon e Simone Corsi. Mais uma vez foram muitos pegas, prevalecendo a técnica adicionada ao arrojo, sensacional.


Enorê Brião Bragança

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