Legado do PAN – RIO 2007


Há cerca de 10 meses uma auditoria constatou seríssimos problemas na edificação do Estádio do Engenhão, construído especialmente para sediar as competições de Atletismo dos Jogos Panamericanos, realizados no RIO DE JANEIRO. São problemas que vão desde a infra-estrutura, fundação, até de infiltrações, alagamentos, janelas emperradas, parte hidráulica, elétrica etc. Nos apontamentos são 30 itens.

Poderia ser uma avaliação comum, mas convém lembrar que o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, embora entregue sua administração há 02 anos para ser explorada pelo Botafogo, alvinegro carioca; foi utilizado pelo consórcio entre todas as esferas de governo, ou seja, governo federal, executivo do Estado do RIO e prefeitura municipal; que além de tudo, não concretizaram o projeto urbanístico, com a sonhada facilidade de acesso e de outras melhorias na região do Engenho, conforme planificação original apresentada para sediar o Pan.

Não precisa ser matemático para afirmar que em menos de 02 anos sua estrutura já apresentava problemas para receber uma auditoria. Uma aberração para o país pátria de um OSCAR NIEYMAIER, LÚCIO COSTA e tantos outros profissionais da área.

No clássico do empurra empurra para se achar o(s) culpado(s), as empreiteiras, devidamente escaladas na retranca com Odebrecht e OAS; culpam a manutenção do Clube da Estrela Solitária. Por sua vez, o presidente do clube, Maurício Assumpção; demonstra na prancheta do técnico Joel Santana, contra ataque e responsabiliza as empreiteiras. Zero a zero de encher os olhos de lágrima, ainda mais com a intermediação do prefeito do RIO, antigo secretário municipal de esportes, Eduardo Paes; aquele que responde as criticas de não utilização das praças esportivas chamando a todos de mal humorados.

Não sei quem deveria se envergonhar mais, homens públicos, arquitetos e engenheiros, empreiteiras, construtores ou nós como nação?

Enquanto isso, o presidente LULA ataca o Tribunal de Contas da União que até hoje não aprovou e, honestamente, não deve aprovar as contas das obras que beneficiaram ao RIO em sediar o PAN. Só o Engenhão custou mais de 300 milhões de reais o que já é um absurdo. Várias obras do tal Programa de Aceleração do Crescimento – PAC foram retomadas contra a orientação do TCU com a desculpa de não atrasar o desenvolvimento do país. Uma que ainda não decolou é o Aeroporto Santa Genoveva de GOIÂNIA, parece aeronave da Vasp ou Transbrasil no pátio, também não faz parte do PAC porque sua construção é muito anterior ao PAC.

Quem acha que não teve superfaturamento? Pensem na Copa do Mundo de Futebol e ainda Olimpíada, na sequência....

Esse assunto facilitaria ao redator de telejornal da Rede Bandeirantes que encerraria a edição apresentada por BORÍS GÁSOI antes de sua despedida, assim:
“ISSO é uma VERGONHAAAAAA!!! Boa Noite.”
Um radical qualquer, conhecido como xiita da política, poderia dizer que pior devem ser as gozações feitas pelo atacante argentino do campeão da Taça da Guanabara, título do primeiro turno do campeonato carioca, o Herrera.
“Já imaginou esse argentino chamando um estádio brasileiro de inflitracion”-
Achou infame o desfecho?

O Tribunal de Contas do RIO tem repertório melhor e caprichou, simplesmente arquivou há um ano o expediente do Botafogo, o qual comunicava os problemas apresentados pela estrutura do Estádio nesses longos 02 anos e que geraram a auditoria. No arquivo do Tribunal de Contas Municipal o comunicado recebeu a denominação de Engenhão de Problemas.

Como diriam os petizes que estudam no grupo municipal que fica na mesma rua lá de casa, pouco adiante:
“Eles são comédia!!!”


Enorê Brião Bragança

Um comentário:

  1. O desleixo com a coisa publica no Brasil tornou-se uma constante ! Sou professor do Ensino Medio aqui em São Paulo e assisto o descalabro da educação publica perplexo !!!
    em qualquer esfera : municipal, estadual ou federal ! Temos jovens aos montes necessitando de uma universidade publica na região de Taboao da Serra e o jogo de empurra somente joga o problema para frente ! Quanto ao Estado, nem se fala !
    Tenho pena das futuras gerações !

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