Como a fênix, uma fabulosa ave, a qual ressurgia das próprias cinzas na tradição mítica egípcia, essa é uma epopéia vivida pelo Atlético Clube Goianiense, o segundo time mais velho da capital e que proporcionava o chamado clássico vovô com o Goiânia Esporte Clube, ora na 2ª divisão estadual. Animados em sempre suplantar tudo que referisse a nova capital, Goiânia, o pessoal de Campinas que esperava ser a capital e assim alimentava essa tola competitividade, conseguiu ser o primeiro time do estado a ter seu próprio estádio e com certa similaridade com a maioria dos botafoguenses, tem uma torcida supersticiosa, pois no Antônio Accioly, com chuva intermitente, em uma tarde, o time de Campinas, perdeu de um a zero para o Clube Recreativo Atlético Catalano – CRAC, com o time da cidade de Catalão sagrando-se campeão goiano em 1968 ou 7, não me recordo da data, mas estava no estádio com meu pai. No ano seguinte, o Atlético comprou o passe de Claudinho, Paghetti e outros 02 atletas do time catalano.
A fundação do time é uma paixão explicita pelo Flamengo – RJ representada pelas cores e o escudo é uma referência ao São Paulo Futebol Clube.
Segundo alguns pioneiros, Campinas tornou possível a mudança da capital com a criação de Goiânia, pois a antiga capital do estado tinha o nome de VILLA BÔA, posteriormente, Goiás.
O ex piloto do automobilismo nacional, Olímpio ALENCAR JÚNIOR, campeão brasileiro de Opala Stock cars em 1982, surgiu como o salvador da pátria e dizia que traria o aporte financeiro que tanto dificultava as coisas para o ACG. De cara quis substituir o símbolo do time, dragão, por uma águia qualquer, sob a alegação de que o dragão era um personagem bíblico ruim. Muitos diziam que não há dragão na contravenção do jogo do bicho, por isso a alteração que afastou muitos rubro negros. A administração foi um dos piores fiascos e até a iluminação do Estádio Antônio Aciolly foi penhorada como garantia de dívidas de ações trabalhistas. Bem verdade que reflexo das administrações anteriores. Ainda assim, sua administração é tratada como de aventureiros no futebol.
Bela Vista assumiu a presidência e o time já não tinha elenco, muitos jogadores ganharam passe livre em troca das dívidas com o clube. Nessa administração outra idéia mirabolante, vender a área do estádio para construir um shopping Center com renda mensal para a sustentação do time. Não se deram conta que os valores eram irrisórios e o processo se arrasta até hoje na justiça. Acredita que o repasse mensal era de R$30.000,00(trinta mil reais) por mês?
A revolução veio com Wilson Carlos, pessoa de fala baixa, facundo e que quase conseguiu aglutinar todos os nomes possíveis em sua volta, humildemente. Brilhante sua gestão tendo como ponto alto a recuperação do estádio e sua re construção, pois ficou anos abandonado e ao revés do tempo. Posteriormente, assumiu o Waldivino Neves, ex vice prefeito de Goiânia e Secretário da Fazenda Distrital que conseguiu ascender o time até a Série “A” do Campeonato goiano até a do Brasileiro, embora seja atualmente o último colocado.
A torcida tem sua particularidade, por exemplo, quando na campanha que culminou com o segundo título da séria “C”, fiz companhia para meu irmão na partida frente o Brasil de Pelotas, já com o rubro negro de Campinas sagrando-se campeão. Elogiei o meio campista Róbston, chamando a atenção de que ele não toca a bola de lado ou recua, seu objetivo e jogar sempre visando o flanco defensivo do adversário. Vitória sem contestação e aos 48 minutos do 2º tempo o Róbston atrasa uma bola para o goleiro, meu irmão logo reclama:
- “Esse aí é o que não retarda a bola que você falou ainda há pouco?”
- “Esse aí é o que não retarda a bola que você falou ainda há pouco?”
Campeão goiano desse ano, excelente campanha na Copa do Brasil, o que não foi suficiente para impedir a saída do técnico Geninho que desistiu e preferiu sair. Comenta-se entre maçons, papo de elevador que flagrei, que ele não gostou de uma entrevista do diretor de futebol, Adson Batista, dizendo que o Geninho, era cobrado por ele. Desanimado com o ritmo e a demora para contratação de reforços, optou em sair. E o Adson teve que tentar inventar uma história que não revelasse os reais motivos da saída do renomado técnico.
Contrataram outro técnico que acho que não vai fazer melhor que o Geninho, o nada gentil pernambucano, Roberto Fernandes, mestre em estimular seus asseclas a baterem em torcedores e um exímio fura fila em churrascarias de Goiânia, como fez isso por 02 vezes frente a uma ex namorada, muito superior a mim espiritualmente falando, que pediu para evitar escândalo e mal estar durante a refeição, não só devido ao estado de saúde do meu pai, ainda assim, critiquei-o em tom mais rispido.
A sorte dele é que filhos de amigos não são de freqüentar treino do time que torcem, pois se freqüentassem o Vila Nova por exemplo, por onde passou sem resultados significantes e seus rebentos fossem vítimas das besteiras peculiares não saberia a reação, como relatei a ele e seu antigo assessor técnico e ex jogador Müller em um supermercado da região leste. Corriam o risco de sentir o gosto de estanho cortando suas vísceras, infelizmente.
Mas não será por minha causa o seu insucesso, vou torcer muito para que dessa vez o Roberto Fernandes faça valer a pena sua contratação, ainda que a distância.
Enorê Brião Bragança
É uma pena, torço para que o futebol goiano demonstre sua força neste brasileiro. Com 2 times na séria A, ainda é uma oportunidade de elevar o esporte no nosso estado.
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