Antes tenho que dissertar sobre uma passagem de minha vida, visando facilitar o entendimento. Como diretor do Clube Esportivo União, equipe sem sede social, mas com tradicional participação no Volibol e depois no Basquete, primeiro time a trazer jogadores do interior para jogar na capital com patrocínio de pouco mais de R$3.000,00(três mil reais) por mês, enquanto éramos tratados como se fossemos donos da Parmalat por alguns pais que nunca reconheceram que cedemos até vale transporte para seus filhos, é verdade que a maioria não contava para os pais esse feito, em suma, os atletas de Rio Verde, Luziânia e Brasília ficavam hospedados em minha casa, enquanto os atletas do Vila Nova em um hotel, bancados também pelo então chamado Conselho Estadual de Esportes e Lazer, interrompendo meu contato com, principalmente, minhas Filhas, já que meu Filho ficava entre a bagunça. Uma noite fomos para a exposição agro-pecuária, repentinamente surgiu uma briga sem proporções a nossa frente, entre mim, anão da turma com 1m e 78cm/s e o carioca Jersey Feijão, um ala pivô de 1m e 95cm/s, que ficamos isolados de outro grupo de atletas, da mesma posição e 04 cm/s mais alto, André Ferreira Barbosa, o Valdeci de 02m/s e mais um que ora não me recordo quem era. Demonstrando aparente tranqüilidade, falei para mantermos a calma e observei que enquanto evoluíamos em passos tranqüilos em chuva de aparelhos de celular arremessados, íamos separando pelejas até chegarmos nos lideres daquele exemplo de incivilidade, eles pararam e nos também, frente a frente, fitamos seus olhos e o Feijão levanta os punhos como um boxer e manda essa:
“- Vocêssssss já devem conhecer o Enorê meu diretor, portanto, não precissssssa ter medo, mas resssssspeito, muito ressssspeito!!!!!!”
Tive que me conter para não cair na gargalhada na frente de todos, mas fizemos o que a polícia não tinha feito até então, que nos olhou com muito respeito, ainda mais com a carraspana que dei nos promotores de tal balburdia.
Dias antes, houve uma briga no Ginásio Rio Vermelho quando o União derrotou ao poderoso Jóquei Clube de Goiás. Em um dos tempos solicitados pelo nosso técnico, Prof. Jomar Macedo Silva, recepcionei os atletas e reclamei que eles estavam como medo dos joqueanos que os intimidavam com faltas grotescas. Alertei que deveríamos ter respeito, nunca medo. Logo depois, o armador Guilherme recebeu uma falta suja e revidou, resultado, Guilherme, Feijão, André e Valdeci deram uma surra no chamado “Clube da Ferradura” e nas imagens da televisão aparecia uma única pessoa querendo separar e evitando que o Feijão fosse chutado caído ao chão pelo armador André. Mesmo diante das imagens da televisão, o treinador do Jóquei ainda queria responsabilizar a nossa equipe, contrariando a verdade. Foi o suficiente para perceber o papel de uma pedagogia do esporte para formação do caráter das pessoas.
Voltando ao ludopédio, palavra nacional que designa o esporte praticado com os pés pelos jogadores chamados de linha, cujo propósito é fazer gols em uma meta defendida por um atleta em especial até no uniforme que tem que distingui-lo dos demais, o chamado goleiro. Contra a Costa do Marfim era para ter R E S P E I T O, jamais, em hipótese nenhuma, MEDO!
Ganhamos por 2 a 1 de direito, pois o golaço do Luis Fabiano, o 2º da partida, distribuindo chapéus foi feito utilizando os braços e, sinceramente, fico preocupado com o exemplo para a homenageada nas comemorações, sua filha que completou 06 anos de idade no domingo. Não me importa se o Tierry Henry fez muito pior frente a País de Gales para classificar a França. Se quisermos moldar uma nova mentalidade na humanidade, também não podemos achar natural a reação do marfinense que simulou uma cotovelada no rosto, inimaginariamente desferida pelo Kaká, mais desenvolto e também infantil ontem. Depois, como o Luis Fabiano vai explicar para seus familiares a manchete do diário argentino “Olé” – As mãos do Diabo. Quando Maradona fez o tento validado contra a Inglaterra com as mãos, disse que fora as mãos de DEUS. Vamos combinar, entre DEUS e o diabo fiquemos todos com o primeiro e único.
De fato, Brasil 3, Luiz Fabiano, LF novamente e Elano com cruzamento da linha de fundo do Kaká. Drogba descontou.
Até hoje o craque Gérson, tricampeão em 1970 no México, é cobrado por ter feito uma propaganda onde pregava “ganhar vantagem em tudo, certo?”
Não podemos achar normal ter malícia, ela não é ética e se põe alguém em vantagem é maléfica.
Incontestável que o volante Gilberto Silva jogou muito bem se destacando com 59 passes corretos e nenhum errado, enquanto Felipe Melo teve o mesmo número de acertos, mas errou 02 passes. Mas contra a Costa do Marfim é somente uma referência. Realmente a defesa foi pouco ameaçada ao mesmo instante que inspira confiança irrestrita.
Dunga, pessoalmente, acho que foi um dos melhores jogadores do mundo especializado em retenção e com bom passe que vi jogar, mas como técnico tem agido sem pensar em seus familiares assistindo a coletiva, como também não refletiu ao levantar a Copa do Mundo nos EUA quando gritou: “Aqui seus filhos da p... traidores”
Um centro avante que vem de contusão, sem ritmo de jogo e passa 05 ou 06 partidas sem marcar defendendo a seleção brasileira merece as indagações se seria poupado ou sacado e esse fator provocou uma conversa preponderante entre o Luis Fabiano e o técnico que o acalmou e transmitiu confiança em seu desempenho, então, a Comissão Técnica deveria reconhecer a importância do papel da imprensa, isto é, o tal bate papo trouxe confiança para o atacante.
Nesse link, tem o descontrole do Dunga destratando um ídolo meu, o jornalista da rede globo de televisão, o Alex Escobar, que mereceu um editorial no Fantástico:
Tem um erro crasso nesse editorial, profissional de imprensa não torce, informa. Não sei se a cobertura dessa emissora ficou comprometida sem as exclusivas, ainda mais que todo mundo está elogiando as matérias de cunho social e histórico feitas pela ESPN – Brasil, reconheçamos como formidáveis!!!
Pra Costa do Marfim e insanidades do Dunga já gastei tempo demais.
Entre nós, eitcha Copa nivelada por baixo êin?
Oh, Portugal venceu a Coréia por 7 a Zero.
Enorê Brião Bragança
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