Basquete - Nunca houve tanto recurso financeiro em contraste com o pífio desempenho em Mundiais de seleções principais.

Venho sendo muito cobrado para fazer um artigo sobre a campanha das seleções nacionais nos Mundiais de Basquete. Estava evitando pois por muito tempo tive a companhia de meu pai atento assistindo pela televisão e ele como nacionalista me emocionava e um misto de lembrança e saudade me comoveu bastante a ponto de evitar escrever sobre essa modalidade que tanto gosto e admiro.

Nasci em uma cidade no Paraná, Ponta Grossa; que sediou o Campeonato Brasileiro Juvenil em que o estado de Goiás sagrou-se vice campeão ao ser derrotado por São Paulo, exatamente no ano em que o Brasil conquistou o primeiro mundial, 1959, essa identificação dispensa maiores comentários.

Acho que a troca do técnico na seleção masculina foi inoportuna, apesar da folha de serviços e conquistas do argentino que assumiu, Rubén Magnano, ser inevitavelmente superior ao seu antecessor espanhol, Moncho Monsalve, aliás, como a saída do Paulo Bassul, brasileiro, para que outro espanhol, Carlos Colina, tomasse conta das meninas de quem se esperava muito mais que miúdas 02 vitórias, em partidas com adversárias sem a menor tradição, uma delas a duras penas contra o nanico selecionado japonês na prorrogação. Ainda assim, sou otimista em relação ao selecionado masculino, desde que, implante-se a política desenvolvida pela Argentina desde a categoria de base. Vale lembrar que a política para o esporte organizado e de rendimento na Espanha ora é modelo para todo o mundo, sendo copiada pela Grã Bretanha, sede dos próximos Jogos Olímpicos e que vai sobressaindo com bons resultados em algumas modalidades.

A campanha irregular na categoria Masculina e a preocupante e irreconhecível na Feminina teve um aspecto importante, demonstrar a ex jogadores de que nem eles sabem de tudo, ainda que muitos visitantes do Blog afirmem que a re aproximação só se tornou possível com dinheiro das estatais e de um patrocínio privado, via lei de incentivo. Na categoria feminina adulta deu um tiro no pé com a re integração da Iziane, atleta que sob o comando do técnico Paulo Bassul se recusou a retornar a quadra em uma partida frente ao selecionado cubano, não valeu a pena definitivamente. É muito umbigo para pouco grupo vai muito para cesta com índice baixo de acertos.

Rever a seleção feminina coreana praticando um basquete rápido, preciso nos arremessos e utilizando todos os recursos para compensar a baixa estatura de sua equipe me fez lembrar de um Mundial disputado no Brasil, idos do final de 1960 ou início de 1970, onde uma chave foi sediada em Brasília - DF e exatamente a Coréia quem foi a primeira colocada do grupo com 03 vitórias. França e Equador e uma quarta seleção que não me recordo eram as demais participes da chave. Mais uma vez, meu pai levou a mim, meu irmão e um primo para ver todos os jogos, se minha vaga lembrança não faltar, no ginásio do Colégio Marista. Outra boa lembrança, meu pai e o primo Sebastião Correia Cortês, na verdade esposo da prima Maria França Berquó - nome de solteira, nossos queridos e extraordinários anfitriões, meu pai e o Cortês já falecidos, não se sabe se por coincidência, mas o alto funcionário do Congresso Nacional veio a óbito logo após ficar sabendo da passagem de meu pai. Eram grandes amigos e travavam diálogos formidáveis sobre ideologia.

Quanto a gestão atual, só para se ter uma idéia, em Goiás 02 dos maiores celeiros em revelar atletas de todo o Brasil fecharam suas portas para o esporte da bola ao cesto já há alguns anos, o Jóquei Clube de Goiás e a Sociedade Esportiva Ajax, sem que a entidade maior, Confederação Brasileira de Basquete, se manifestasse em preocupação. Será que eles tem conhecimento do que realmente se passa no basquete nacional? Querem imprimir o mesmo erro do futebol, ignorar os campeonatos estaduais valorando exclusivamente a Nossa Liga de Basquete com um calendário extenso.

No feminino precisamos urgente importarmos jogadoras jovens, talentosas e de estatura elevada, pois a curto prazo não temos condições de promover uma renovação entre as pivôs móveis e as cincão ou fixas, aquelas características para a posição, bem altas. Se entendeu perfeito, teremos que apelar para a naturalização sim, qual o problema? A seleção de Israel é composta de muitos estadunidenses, assim como outras de outro continente, a Europa, não é vergonha alguma. Trata-se da realidade. Há casos de naturalização para atender somente a legislação quanto a jogadores estrangeiros em clubes, obedecendo a critérios de cada país.

Mas ao invés de me delongar já com os olhos marejados, vou indicar mais um artigo de um ídolo nosso do Blog, o jornalista José Cruz que também enaltece a falta de renovação em nossa equipe de ginástica olímpica nas palavras da técnica Georgette Vídor, além de mensurar que há gestores honestos no Ministério dos Esportes, no link:
http://blogdocruz.blog.uol.com.br/arch2010-09-01_2010-09-30.html#2010_09-29_12_12_48-139474431-0


Enorê Brião Bragança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário