O mundo espiritual ganha a dissertação de um grande jornalista
Aos 83 anos de idade, faleceu nessa manhã no Rio de Janeiro, em sua residência na Lagoa, o jornalista ARMANDO NOGUEIRA, profissional que entre 1966 e 1990, na antiga Tv. Rio, assumiu a direção da Central Globo de Telejornalismo, concomitante com a Divisão de Esportes. À época, a direção da empresa impôs a suas idéias a condição de informar sem formar opinião, seguindo a máxima da comunicação dos EUA, na televisão tempo é dinheiro ao quadrado. Chegou a trabalhar em outra rede, a Bandeirantes, além de SporTv e rádio CBN. Desde 2007 combatia um câncer diagnosticado no cérebro.
Advogado, esse acreano de Xapuri mudou para o Rio de Janeiro, ainda capital federal, aos 17 anos de idade e trilhou a carreira de jornalista em vários impressos. Foi desde fotografo até editor. Sua competência o levou a cobrir 15 Copas do Mundo de Futebol e desde 1980 era figura obrigatória em Jogos Olímpicos.
ARMANDO NOGUEIRA foi um dos responsáveis pela implementação dos signos de comunicação para a televisão no Brasil, diferenciando esses signos para cada um dos demais meios de comunicação, rádio e impressos.
Amante inveterado de esportes, gostava de sobrevoar a Cidade Maravilhosa de ultraleve e debater soluções para cada modalidade esportiva. Era um botafoguense que confrontava as superstições que cercam o alvi negro da Estrela Solitária.
Na vigência da ditadura militar, foi cercado e ameaçado por militares do exército nacional que censuraram toda a vinculação da matéria que esclarecia sobre o atentado do Rio Centro, no qual, gente do próprio exército armava bombas que explodiram dentro do carro que estavam durante uma manifestação popular, no estacionamento daquele local, visando confundir a opinião pública, dar uma conotação de esquerda que chamavam de terrorista, mas na verdade, outro golpe da direita chefiada pelos EUA. CHICO BUARQUE se apresentava no momento da explosão.
Segundo amigos, tinha receio dos militares da aeronáutica, sabidamente, os mais perversos nas ações do regime de opressão, como tramar o assassinato da renomada estilista ZUZU ANGEL, mãe de STWART ANGEL, um dos presos políticos arremessados no mar com vida e de grande altitude, sem pára-quedas. ZUZU lançou uma coleção de estação na Europa, predominando a cor preta como meio de informar ao mundo as atrocidades que aconteciam no Brasil.
Nossos sentimentos aos familiares, parentes e aos amigos que não são poucos!!!
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