DORZÍLIO AMARAL é um personagem nacionalista e bem consistente, considerado e contagiante. Sempre estará presente nesse Blog, embora prefira um pseudônimo.
Acompanha uma briga entre a rede globo, a câmara municipal de São Paulo e Assembléia Legislativa que debate a criação de uma lei, já aprovada no legislativo municipal, que tenta sutilmente moralizar o horário dos jogos. Assistiu o último capitulo sem o mesmo entusiasmo depois que o Kléber Machado deixou de apresentar o Arena na SporTv, de segunda a sexta feira das 14hs em diante, canal para assinantes.
“Parabéns aos vereadores que defenderam o povo apesar da forma inócua! Bater de frente com uma empresa de comunicação fálida que consegue empréstimo do sistema financeiro habitacional para construir o projac, na época do garoto propaganda da Cia, Fernando Henrique VIAJANDO Cardoso VAIDOSO, não é tarefa para covardes!!!!”, exclama DA em sua explanação.Na última 5ª, a mando da emissora, o apresentador forçava uma desmoralização entre o autor do projeto na câmara e o representante estadual que mais parecia a um advogado da globo, emissora que coloca os jogos de futebol as 21hs e 45’, sem alterar a grade de sua programação. Em suma, para não mexer no horário das novelas, jornal nacional, os big brodís da vida etc., expõe o público a falta de transporte e segurança, pois tem partidas que terminam próximo de meia noite, quando tudo é mais carente, ainda afugenta o operariado que trabalha pela manhã.
Os debatedores: Paulo César Vasconcelos e Marco Antônio Rodrigues, mesmo sendo empregados da casa, cumpriram o papel social de jornalista ao apontar que o sistema de transporte não funciona na grande maioria das cidades brasileiras e que sem justiça social, ou seja, distribuição de renda, não há como combater o que a nação brasileira está exposta, violência. Como o público que vai aos estádios é tratado: banheiro sem papel higiênico, tudo bem mais caro, falta variedade e boa alimentação, acomodações etc., também foram mencionados com papel crucial para a falta de torcedores nos estádios.
Sem querer realmente debater o assunto, mas impor sua vontade, a globo exibiu um dado que chama seus telespectadores de ignorantes, aos presentes de incultos e assina o seu certificado de burrice. No calor da opressão feita ao vereador Jatene, colocaram no ar uma estatística engraçadíssima e digna dos trapalhões, um comparativo entre jogos que começaram mais cedo e um da fatídica faixa de quase 22hs. Alegam que o de horário mais tarde teve mais público, resultou em maior arrecadação para o clube, o que definitivamente não serve como amostra científica para qualquer tipo de pesquisa, lógico, menos na globo. O motivo é simples, a transmissão é feita sempre do jogo de maior apelo popular em cada rodada, ou seja, se fosse mais cedo esse mesmo atrativo, com certeza teria ainda mais gente no estádio, óbvio.
A situação ridícula é a dos clubes que aceitam tudo pelo pouquíssimo que recebem pelos direitos de transmissão, geralmente de forma antecipada; e não agem em defesa de seu principal colaborador e fonte de renda, o torcedor.
O ludopédio, palavra nacional que designa o jogo com os pés que a meta é fazer gols; já não cativa como no passado. Acompanhei o Internacional de Porto Alegre frente ao Goiás, no Serra Dourada com público superior a 80 mil pagantes, sentei nas escadarias das cadeiras. Hoje a capacidade máxima é pouco maior que a metade. Muitos preferem pagar e ver em casa do que enfrentar congestionamento, exploração para estacionar, banheiros fedidos sem toalha, sabonete e tampa nos vasos, ônibus cheios sem conforto e de horário irregular, falta de higiene para se alimentar, linguajar chulo próximo da namorada, gente que berra sem parar, goteiras nas partes cobertas, policiais alguns extremamente incompetentes e por aí segue para o texto não ficar ainda maior.
Enviei um imeiú durante o programa confrontando ao que eles chamavam de estatística, pena que não tenha sido sequer registrado, "o que comprovou nossa certeza", segundo Dorzílio Amaral.
Enorê Brião Bragança
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