Um dia o filho de um grande amigo de infância, o professor de Educação Física e pai coruja, não poderia ser diferente, Noberto, o popular TiTí; cedeu aos encantos da música e, seduzido como autodidata, iniciou um processo de aprendizagem.
Com apenas 15 anos de idade e com muitos vídeos com considerável quantitativo de acessos no You Tube, ainda correspondendo ao incentivo de seus pais e demais familiares, Túlio Borgo, ganhou instrumentos, equipamentos e repentinamente se viu envolto no meio musical, onde já é bastante querido e respeitado, sempre convidado para participações especiais e recentemente, quando um profissional renomado não pode comparecer a um saraú na Academia Goiana de Letras, homenagem a Ieda Schmaltz, Túlio foi chamado as pressas e correspondeu arrancando aplausos dos presentes, incomum para este tipo de evento, demonstrando o prestígio e a aclamação que já tem a seu favor junto ao público e principalmente, de quem está há muito tempo na estrada. Sem temor em demonstrar sua educação, ele sorri quanto aos comentários favoráveis dessa exibição e apenas fala "que não poderia deixar na mão um grande amigo que, por força maior, não pode comparecer".
Salvo engano ele já fez 03 apresentações públicas, das quais acompanhei maravilhado as 02 últimas, acústico e acompanhado por conjunto, oportunidade em que interpretou 02 músicas de sua própria larva, "Lente" e "Fácil... Fácil...", que se adiciona a 03 outras prontas, com um fator inédito para quem entende daquele ritmo nascido na capital mundial da gastronomia no que tange aos molhos, New Orlens, rompeu com os conceitos que cercam o blues, que pode ser traduzido como depressão, melancolia; recurso que enriquece ainda mais essa rápida trajetória que já superou em muito as expectativas de suas projeções de até onde conseguir chegar sem auxílio profissional ou sem se profissionalizar.
Salvo engano ele já fez 03 apresentações públicas, das quais acompanhei maravilhado as 02 últimas, acústico e acompanhado por conjunto, oportunidade em que interpretou 02 músicas de sua própria larva, "Lente" e "Fácil... Fácil...", que se adiciona a 03 outras prontas, com um fator inédito para quem entende daquele ritmo nascido na capital mundial da gastronomia no que tange aos molhos, New Orlens, rompeu com os conceitos que cercam o blues, que pode ser traduzido como depressão, melancolia; recurso que enriquece ainda mais essa rápida trajetória que já superou em muito as expectativas de suas projeções de até onde conseguir chegar sem auxílio profissional ou sem se profissionalizar.
O motivo do meu espanto é simples, no jargão entre os músicos norteamericanos, "blues é só para os veteranos". Como ilustração, os negros durante o período intenso de discriminação nos EUA, tocavam na noite sendo mal remunerados em relação aos brancos. Ao término do horário determinado no contrato de trabalho, já próximo da madrugada do dia seguinte, eles se reuniam nos bares chamados colored's, infelizmente, para gente de cor, o porquê do infelizmente é que não precisávamos dessa experiência entre os humanos; quando se tocava black tie e em menor proporção o jazz. Quem assistiu o filme "Borssalino" ou "Contatos Imediatos do 1ª Grau" reconhece facilmente esse tipo de música, idos de 1.929. Essas sessões eram denominadas de JAM, Jazz After Midnight, tradução simples de Jazz após a meia noite, quando os músicos tocavam pela bebida e demonstrando toda a criatividade, até a aparição de Earl Grant, Nat King Cole, Billy Holliday interpretando "Strange Fruits - Frutos Estranhos" que descrevia as árvores com corpos dos negros enforcados etc. Essa abreviatura, JAM, também é usada pelos canais de televisão ianques para determinar as chamadas para a programação com as enterradas dos Campeonatos de Basquete profissional, NBA, e Universitário. Mas voltando aos músicos, eles não ousavam tentar tocar o chamado canto triste, pois era só para devotos com maior cancha, vivência e credibilidade.
Dedicando-se a ampliar seu repertório, Túlio Borgo quer manter a iniciativa de introduzir novos ritmos em músicas da velha guarda, tem ouvido Vicente Celestino, Sílvio Caldas, Evaldo Gouveia e tantos outros ícones da Música Popular Brasileira, dividindo-se com as transpirações das composições e buscando inspiração.
Ele tem um refinado gosto musical e ao que tudo indica vai abraçar definitivamente a carreira, se dedicando ainda mais em suas composições. Próximo passo é investir em um produtor experiente e que não vise exclusivamente a gravação de um CD, curiosamente, em sua propriedade; além de incrementar sua formação musical se inteirando de forma aprofundada na teoria musical e as demais disciplinas afim, como respiração, impostação de voz, seleção de músicas a serem interpretadas etc.
Até aqui nesse noviciado, TB participou de um número ínfimo de aulas de respiração e impostação de voz. Aprendeu sozinho a tocar violão e já se inclina para o piano e instrumentos de sopro.
Humilde ele tem respeitável número de composições de sua própria autoria neste curto período de dedicação compartilhada com os estudos, acho que cursa o 2º ano do 2º grau; ora são mais 07 músicas que trabalha na pós produção dos arranjos, na melodia, ajustes finais, pois quer militar em todas as vertentes musicais.
Humilde ele tem respeitável número de composições de sua própria autoria neste curto período de dedicação compartilhada com os estudos, acho que cursa o 2º ano do 2º grau; ora são mais 07 músicas que trabalha na pós produção dos arranjos, na melodia, ajustes finais, pois quer militar em todas as vertentes musicais.
Outra característica do Túlio e trazer para o foco do palco verdadeiros profissionais que estavam alheios as suas possibilidades, como por exemplo, o baterista Junão Araújo, com quem se apresentou no show do último dia 30, no Teatro Goiânia Ouro, tendo ao seu lado o Emídio Queiroz que é um guitarrista que dispensa comentários, além do não menos brilhante João Lobo no baixo e ainda a participação especial do cantor e compositor José Teles, quem me presentiou com seu CD "Poesia Simples", aquele som que não se deve tirar do carro e reproduzir para se ter em casa e no escritório, em qualquer momento se pode ouvir por ser extremamente agradável, como o carioca radicado em Minas Gerais, Wander Lee, autor de "Esperando Aviões, Alma Nua, Aonde DEUS Possa Me Ouvir, Do Brasil" dentre tantas outras, óbvio, guardadas as proporções, afinal José Teles se considera um iniciante.
Na oportunidade também comprei o CD "Um Minuto Além" do Emídio Queiroz que nem se esforçou muito para radicalizar e deixar nítida suas influências na guitarra, obrigando-me a subir em escada para resgatar meus discos em vinil para voltar ouvir Status Quo, Alex Harvey Band, Joe Walsh e muitos mais, apesar da crise de nervo ciático e hérnia de disco, embora minimizada.
O renomado baixista, Bororó, que acompanha grandes nomes da MPB, tem em Goiânia um dos melhores e mais modernos estúdios de gravação e já disponibilizou gravar com essa grata revelação da música goiana. Convite que o Túlio Borgo adiou sem previsão de data, pois acha precoce essa possibilidade.
Tonitruante sucesso ao Túlio Borgo e que continue a trazer para a luz e razão, músicos da estirpe do baterista Junão Araújo. Ele disse que o próximo a ingressar com ele na música profissionalmente é um garoto de 14 anos que toca baixo, cujo nome é guardado a 07 chaves, mas quem assistiu aos ensaios me garantiu que o gúri é um primor; além de alguns alunos do Emídio Queiroz. Outro desafio que ainda nem propôs é compor em parceria com José Teles, e outros ídolos, Valter Mustafé, Gilberto Correa, Dênis, João Caetano e o fiel escudeiro do Túlio, o inseparável Emídio.
Enorê Brião Bragança.
Enorê Brião Bragança.
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