Automobilismo - Governo de Goiás pensa pequeno e quer novo Autódromo com padrão FIA B, pior, o responsável pelo projeto será o marrento Hermann Tilke.

http://www.lancenet.com.br/motor/Hermann-Tilke-Foto-Reproducao_LANIMA20110518_0026_30.jpg

Contrariando as expectativas de quem aguardava um Autódromo moderno para substituir o atual Internacional de Goiânia Ayrton Senna já em desuso, o governo de Goiás erra a exemplo das obras do Pan do Rio ao escolher um padrão FIA B e perde uma grande oportunidade de se recuperar perante a opinião pública, uma vez que, foi o própio Marconi Perillo quem praticamente abandonou o autódromo, transformando-o em palco para festas de promiscuidade sexual, tráfico de drogas, bebedeiras e todos outros exemplos de que a juventude da nossa sociedade não precisa, o que se transformou em rotina no governo de seu sucessor, Alcídes Rodrigues, até a intervenção do Ministério Público. A alusão aos jogos de 2007 e que fizeram praças esportivas que não poderão ser aproveitadas para as Olimpiadas em 2016, empenhando mais recursos financeiros para a construção que poderia ter sido feita definitivamente, pagando empreiteiras somente uma vez.

Entre as sucessões de erros, a principal é insistir em uma pista com largura estreita para os padrões internacionais, fator importante e definitivo para se fazer o cálculo de quantos veículos podem disputar uma prova simultaneamente, conta que envolve também a extensão da pista, segundo informações, não deve passar dos 4km/s e meio.

Inspirado nos comentários dos profissionais de imprensa brasileiros que acompanham de perto o Campeonato Mundial da Fórmula Um, a escolha do arquiteto alemão Hermann Tilke não agrada também, pois a maioria de seus trabalhos, como: Turquia, Abu Dhabi, Malásia e China dentre tantos, são circuitos belíssimos e seguros, mas extremamente travados e com pouquíssimas áreas de ultrapassagens.

Segundo informações vinculadas no periódico goiano “O Popular”, o arquiteto alemão sobrevoou a área localizada entre Goiânia e o município de Senador Canedo, dista 18 Km/s da capital, e se encantou com o local para as futuras instalações do novo autódromo, ressaltou que há um declive no relevo do terreno e ele espera aproveita-lo. Confidenciou curiosamente ter feito um projeto de revitalização do Autódromo Internacional Ayrton Senna que acabou redundando em nada.

Sobre o traçado, garantiu a “permanência do lay out do atual, incorporando modernidade, tecnologia, funcionalidade e preocupação com a segurança, abrigando todo e qualquer evento de esporte motor, além de atividades paralelas, com um circuito que será desafiador para a capacidade e competência de cada piloto, com corridas interessantes, permitindo muitas ultrapassagens”, afiançou Hermann Turke que trabalha com uma equipe de mais de 250 profissionais.

Com a visita todos esperavam o inicio imediato das obras, aí outra decepção, devem acontecer somente a partir do próximo ano e devem durar entre 18 a 24 meses. Espero que a Confederação Brasileira de Automobilismo tome a mesma iniciativa em relação a Jacarepaguá, que não pode ser destruído até a inauguração do Autódromo que será construído no subúrbio do Rio de Janeiro, em Deodoro, impedindo a construção de novo Parque Aquático que atenda as exigências do Comitê Olímpico Internacional, já que o Maria Lenk não atende essas expectativas para 2016.

Para amenisar toda essa situação, o governo do estado poderia providenciar a duplicação da estrada até Senador Canedo e começar a construção dos viadutos etc., exatamente para não demandar ainda mais tempo.

Outra preocupação é quanto a composição do asfalto e sua espessura também para sediar a Fórmula Truck. Na Europa, a Federação Internacional de Motociclismo - FIM é taxativa, onde correm os caminhões não dá para correr as motos. A malha de pavimentação do Autódromo Internacional Ayrton Senna tinha 15 centímetros de espessura e aí aparecem contradições. Primeiro os pilotos da época, Neuder Mota, o Dezinho, afirma que ele e o Marcos Veiga Jardim, trouxeram do aeroporto De Gaule a composição do asfalto, segundo alguns profissionais que trabalharam na construção, rico em mercúrio. Posteriormente, mudou-se essa mesma versão, passando do aeroporto da capital francesa, Paris, para o de Hong Kong, enquanto ex colônia do Império Britânico, na China, considerado o de maior trânsito de pouso e decolagens do mundo. Não posso assegurar em que momento, se na inauguração ou em uma operação de recuperação, mas foi o jornalista Fernando Campos quem trouxe todos os informes necessários, inclusive amostragem, do asfalto de Interlagos, quando o Autódromo paulistano voltou a sediar o GP Brasil de F - 1, servindo então de modelo para o de Goiânia que está na eminência de não mais existir.

Enorê Brião Bragança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário